| dc.description.abstract | O texto busca analisar a incompletude teórica na explicação das dificuldades de aprendizagem e como as teorias permitem diferentes interpretações a partir de um “olhar” específico. Apresentamos um trabalho desenvolvido com dois alunos com dificuldades de aprendizagem durante o período de quase dois anos, no qual as interpretações foram se modificando. Primeiramente, o trabalho com as crianças pautou-se nos pressupostos do Construtivismo Piagetiano; posteriormente, passou-se a questionar a “validade das conclusões” obtidas, observando que diversos fatores importantes não eram abarcados. Assim, a Teoria Sócio-Histórica ganha espaço na análise trazendo reinterpretações para o caso, incluindo principalmente nela o contexto social. Se antes o olhar focava os conceitos operatórios (Piaget), passa depois a voltar a atenção para os conceitos cotidianos (Vygotsky). Ao analisar o caso pela perspectiva sócio-histórica, não desconsideramos o trabalho desenvolvido pelo viés do Construtivismo, mas ampliamos a análise. Disso, deduz-se que a postura adotada diante do aluno é reflexo das teorias que nos perpassam, que são tomadas como guias e não como dogmas. O texto traz fortemente uma marca pessoal, fruto de uma história. Tem por objeto de análise a própria relação teoria/prática a partir da qual se pensa a trajetória docente como constante reconstrução, reinterpretação. | es_ES |
