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dc.contributor.authorLima, Patrícia de Moraes
dc.date.accessioned2013-05-17T19:20:41Z
dc.date.available2013-05-17T19:20:41Z
dc.date.issued2008
dc.identifier.issnhttp://hdl.handle.net/10183/15340
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/20.500.12799/432
dc.description.abstractA perspectiva predominante de captura da infância marcou e vem marcando as diferentes narrativas que pressupõe o lugar de incompletude, ingenuidade, beleza irrestrita, bondade, entre tantos outros atributos que definem este lugar. Problematizar essas concepções de início, repetidas nos diferentes contextos e práticas sociais que envolvem a infância, nos remete a um movimento que desarranja nossas „primeiras‟ verdades e nos instiga, mais do que saber o que é a infância, pensá-la como algo ainda por nós desconhecido. Vemos que toda tentativa de fixar a infância em uma única designação constitui-se num exercício em encerrar, em sobrepor um valor, uma norma, uma posição-de-sujeito que institui territórios, que pretensiosamente designa a si toda a palavra aprisionando-a e aprisionando-se à ela. Perceber que essa palavra eclode em múltiplos sentidos, desdobra-se num enigma seguido por infinitos deslizamentos conceituais. Portanto, supor que a infância, por vezes, poderá expressar-se numa experiência, me provoca saber se existe a possibilidade de uma infância fora da linguagem e se nesse deslizamento contínuo de se experenciar na e pela linguagem, poderá residir uma infância-experiência que nos agencia um modo de cuidado de nós mesmos. Essa infância me convida a pensar o mundo por suas irregularidades, precariedades, contingencionalidades, por fim , me exige lidar com um outro campo discursivo, esse que se faz por aquilo que vaza, por aquilo que resiste, por uma força vital de liberdade que nos interpela a pensarmos sobre nós mesmos. Como dimensão do inesperado, a imprevisibilidade desta infância nos instala a dúvida e a incerteza como possibilidade de conhecer o que ainda não conhecemos, de saber o que ainda não sabemos, mas, sobretudo, de assumirmos uma postura diante das coisas do mundo, que nos coloque no lugar de nossa mera humanidade, a de que nem tudo e com tudo podemos. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- L'abordage prédominant de la compréhension de l'enfance se fait par le truchement de différents récits qui contiennent le lieu de l'incomplétude, de l'ingénuité, de la beauté absolue, de la bonté, parmi d'autres prérogatives qui définissent ce lieu. Il faut penser à la problématisation de ces conceptions dès le début, puisqu‟elles sont répetées dans les différents contextes et milieux sociaux qui enveloppent l'enfance, cela nous renvoie à un mouvement qui embrouille nos “premières” vérités et nous pousse, non seulement à savoir ce qu'est l'enfance, mais plus que cela, à penser l'enfance comme une chose encore inconnue. Tous les efforts faits pour fixer l'enfance dans une seule conception s'avèrent être un exercice d‟enfermement, ou alors se résument à des efforts qui mettent en valeur une règle, une position-de-sujet, installant des territoires, ceux-là même qui prétentent enfermer toute l'idée, l'emprisonne toute en s'enfermant en elle-même. Il est temps de comprendre que ce mot enfance s'éparpille en plusieurs sens, en une énigme d'ailleurs suivie d'infins glissements conceptuels. C'est ainsi que, supposer que l'enfance peut s'exprimer dans une expérience, me pousse parfois à penser qu'il y a possibilité de concevoir une enfance hors du langage, c'est-à-dire, dans ce glissement continu de l‟expérience dans et par le langage, (et) qu'il est possible de trouver une enfance-expérience qui fait des agencements dans le soin de nous-mêmes. Donc, la perspective d‟une enfance m'invite à penser au monde par ses irrégularités ses précarités, ses contingencements, bref, cela exige que j'envisage un autre champ du discours, c‟est-à-dire, ce champ qui se fait par ce qui fuit, ce qui resiste, par une force vitale de liberté qui nous amène à nous pencher sur nous- mêmes. Et tant que dimension de l'inattendu, l'imprévu de cette enfance glisse en nous le doute et l'incertitude comme possibilités de connaître ce qu'on ne connaît pas encore, de savoir ce qu'on ne sait pas, mais, surtout de prendre une position devant les choses du monde, qui nous place dans notre simple humanité. Cette simple humanité qui nous envoie à tout faire et à rien faire.en_US
dc.language.isootheren_US
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Sulen_US
dc.subjectEducación de la primera infanciaen_US
dc.subjectPsicología de la educaciónen_US
dc.subjectPsicología del desarrolloen_US
dc.titleInfância e experiência : as narrativas infantis e a arte-de-viver o cuidadoen_US
dc.typeThesisen_US


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