| dc.description.abstract | Esta tese procura mostrar como a Escola Pública consegue recriar-se e permanecer apesar dos antagonismos e problemas que a consomem indefinidamente. Ela resulta de um estudo de caso, desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Bandeirante de Guaporé, (RS-Brasil), nos anos de 2000 a 2004. A partir de uma perspectiva sócio-antropológica, ancorada em aportes teóricos de Georges Balandier, Edgar Morin, Michel Maffesoli e Humberto Maturana, o pesquisador utilizou-se dos meios e técnicas conferidos pelo método etnográfico de pesquisa para investigar os movimentos de ordem, desordem, organização e mudança na Escola, buscando enfocar os vitalismos que a perpassam e lhe dão jovialidade. Pela observação reflexiva, registrada em diário de campo, procurou perceber nas ações de conduta, comportamentos, posturas e atitudes dos sujeitos o fluir das emoções, geradoras das éticas que perpassam as relações, bem como as ambigüidades de sua manifestação. Por meio de entrevistas, com amostras selecionadas de professores, pais, alunos e funcionários, investigou as razões e motivações de suas presenças na Escola, bem como as qualidades, sabores e dissabores por eles produzidos na convivência. Pôde conferir que, como organismo vivo, a Escola pública se configura em teias de relações onde magia, criação e sentidos encontram espaço de manifestação nos prazeres que a convivência produz.É nesta Estética do Estar-Juntos que o autor percebeu a fonte inesgotável das Éticas que se transfiguram nos encontros, reencontros e relações e que possibilitam a Escola auto-organizar-se e recriar-se constantemente, produzindo os liames de sua e sustentação e permanência, apesar do turbilhão que a consome.
This thesis aims to show how Public School can recreate itself and remain despite the antagonisms and troubles that it is consumed indefinitely. It results from a case study, developed at “Escola Estadual de Ensino Médio Bandeirante de Guaporé, (RS-Brasil),” from 2000 to 2004. From a socio anthropologic perspective, based on theoretical references of Georges Balandier, Edgar Morin, Michel Maffesoli and Humberto Maturana, the researcher has used the means and techniques through ethnographic method of research to investigate the movements of order, disorganization, organization and changing at school, trying to focus the vitalisms which encompass it and make it jovial. By reflexive observation, recorded in field research, it was perceived in the conduct action, behaviors, postures and attitudes of the subjects the flow of emotions generative of ethics that entangle the relations, as well as the ambiguities of its manifestation. Throughout interviews, with samples selected by teachers, parents, students and school clerks, it was investigated the reasons and motivations of their presence at school, as well as the abilities, pleasure and disgust produced by them during the acquaintanceship It was observed that, as living organism, the Public School is shaped in webs of relations in which magic, creation, and senses find space for manifestation in the pleasure of the acquaintanceship. It is in this Esthetic of Being Together that the author observed the inexhaustible source of the Ethics which become transfigured in encounters, re-encounters and relations and make it possible to the School to organize and recreate itself constantly, producing the bonds of its sustainment and permanence, in spite of the maelstrom that consumes it. | en_US |
