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dc.contributor.authorRipoll, Daniela
dc.date.accessioned2013-05-07T20:34:33Z
dc.date.available2013-05-07T20:34:33Z
dc.date.issued2005
dc.identifier.issnhttp://hdl.handle.net/10183/5152
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/20.500.12799/166
dc.description.abstractProliferam, em diversas instâncias culturais, as previsões de que poderemos, através da genética aplicada à medicina, viver mais e melhor, com menos doenças e com filhos igualmente (mais) saudáveis. E seria através da promoção da responsabilidade genética, da atenção às (im)possibilidades genéticas e da mudança de comportamento reprodutivo do indivíduo portador de algum gene ou condição genética (ou, ainda, da “conscientização” daqueles indivíduos considerados “em risco genético”) em sessões de aconselhamento genético que tais previsões da genética médica poderiam ser melhor concretizadas, embora alguns profissionais que trabalham diretamente com essa prática argumentem que o aconselhamento não tem efeitos sobre os sujeitos, posto que eles voltariam a procurá-los outras vezes. Em tais sessões de aconselhamento genético, os indivíduos “em risco” são atendidos em diferentes ambulatórios – classificados, separados, ordenados, entrevistados, medidos, testados e alertados dos riscos de recorrência, bem como ensinados a melhor lidar com as condições genéticas que possuem (ou que seus filhos possuem). O presente trabalho analisa as formas, os mecanismos e as estratégias utilizadas no governamento das condutas e das decisões reprodutivas dos sujeitos nos ambulatórios de genética médica de um grande hospital universitário brasileiro, através da prática/processo do aconselhamento genético. A abordagem utilizada é qualitativa e inspirada nos Estudos Etnográficos pós-modernos (Geertz, 1989; 1997; 2001; 2002 ; Van Maanen, 1995; Fine & Martin, 1995; Alasuutari, 1995; 1998; Gottschalk, 1998; Mitchell Jr. & Charmaz, 1998; Brewer, 2000; Barker & Galasinski, 2001; Clifford, 2002), nos Estudos de Laboratório (Latour e Woolgar, 1997; Latour, 2001; 2002), nas teorizações de Michel Foucault e derivadas dele (Dean, 1999; Lupton, 1999; 2000; Petersen, 1997; Petersen & Bunton, 2002) e nos Estudos Culturais numa vertente pós-moderna e pós-estruturalista (Slack, 1996; Hall, 1997). Os três principais eixos da presente tese dizem respeito às práticas classificatórias, ao riscos e à exortação à vigilância. Argumento que esses três conjuntos de estratégias de direcionamento das condutas, das vontades e dos desejos dos indivíduos funcionam mais ou menos juntos, articulados a inúmeros discursos circulantes, com a finalidade do aprendizado da responsabilidade genética perante si mesmo, suas famílias, seus filhos e filhas e a sociedade de maneira mais ampla. Pode-se dizer, assim, que há um crescente movimento de responsabilização do indivíduo por sua sorte, por seu destino e pelo destino genético de seus filhos e da sociedade, e que o aconselhamento genético funcionaria como uma instância educativa e pedagógica, instituidora e veiculadora de significações envolvendo os corpos e as vidas dos sujeitos a ele submetidos.en_US
dc.language.isootheren_US
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Sulen_US
dc.subjectAnálisis del discursoen_US
dc.subjectGenéticaen_US
dc.subjectHerenciaen_US
dc.subjectSaluden_US
dc.titleAprender sobre a sua herança já é um começo : ou de como tornar-se geneticamente responsável...en_US
dc.typeThesisen_US


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