dc.description.abstract | Procedimento: não funciona como um mero protocolo, mas como um empreendimento de desmontagem, o qual visa uma variação. Ele é, nesse sentido, a via alternativa em relação ao manual de conduta ou ao manual de comportamento. O Procedimento é aqui usado como um modo de extrair das Formas algo de estrangeiro, sob a condição de não negar as Formas anteriores. Erótico: é exatamente quando deixamos de ser, quando o Eu sai de cena, mesmo que somente por um breve instante, que as relações eróticas aparecem. É quando as Formas são desintegradas; quando as luzes são apagadas, quando o álcool faz efeito, quando o Demônio toma conta, quando o surto acontece... Se a Moral é o que possibilita o Eu, o Erotismo é o que possibilita a sua reinvenção. 1) O texto da Tese é feito de três materiais: obras adoráveis + vivência na Linha 09 (do PPGEDU da UFRGS) + inimigos. O primeiro fornece a matéria nova, o segundo o modo de usar e o terceiro a matéria já dada. Esta pode ser, num primeiro momento, desagradável, mas ainda assim produtiva, graças aos materiais que a ela se somam. O Procedimento Erótico não quer funcionar como um método de explicação ou de interpretação, ou não quer só, quer, acima de tudo, funcionar como um método de produção. 3) Hesitação, Dissimulação, Perversão, Suspensão: eis aí o quarteto erótico. 4) Transgressão: eis aí a operação erótica. 5) Essa operação não acontece se não houver uma Forma (quanto mais consagrada melhor): a Educação, ou: Formação, Ensino, Currículo. 6) É que a Transgressão diz respeito a um processo de insistência, nunca de abandono: ninguém transgride saindo fora. Para transgredir é necessário insistir com as Formas que nos aborrecem; 7) na esperança de que essas Formas sejam desmontadas.
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Procédé: ne marche pas comme un simple protocole, mais comme une entreprise de démontage, qui vise une variation. Il est, dans ce sens, la voie alternative par rapport au manuel de conduite ou au manuel de comportement. Le Procédé est utilisé ici comme une manière d'extraire des Formes quelque chose d'étranger, sous la condition de ne pas nier les Formes ultérieures. Érotique: c'est exactement quand nous laissons d'être, quand le Moi quitte la scène, même si seulement par un bref instant, que les relations érotiques apparaissent. C'est quand les Formes sont désintégrées; quand les lumières sont éteintes, quand l'alcool fait ses effets, quand le Démon a le dessus, quand la crise a lieu... Si la Morale est ce qui viabilise le Moi, l'Érotisme est ce qui permet sa réinvention. 1) Le texte de la Thèse est fait de trois matériels: oeuvres adorables + ce qu'on a vécu à la Ligne 09 (du PPGEDU de l'UFRGS) + ennemis. Le premier fourni la matière nouvelle, le deuxième le mode d'emploi et le troisième la matière déjà donnée. Celle-ci peut être, au premier abord, désagréable, mais encore productive, grâce aux matériels qui à elle s'ajoutent. Le Procédé Érotique ne veut pas fonctionner comme une méthode d'explication ou d'interprétation, ou ne le veut uniquement, il veut, par-dessus tout, fonctionner comme une méthode de production. 3) Hésitation, Dissimulation, Perversion, Suspension: voici le quartette érotique. 4) Transgression: voici l'opération érotique. 5) Cette opération n'a pas lieu s'il n'y a pas une Forme (meilleure si plus consacrée): l'Éducation ou: Formation, Enseignement, Curriculum. 6) La Transgression concerne un processus d'insistance, jamais d'abandon: personne ne transgresse en laissant tombé. Pour transgresser il faut insister avec les Formes qui nous fâchent; 7) dans l'espoir que ces Formes soient démontées. | en_US |