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dc.contributor.authorLousada, Vinícius Lima
dc.date.accessioned2013-06-03T21:30:13Z
dc.date.available2013-06-03T21:30:13Z
dc.date.issued2011
dc.identifier.issnhttp://hdl.handle.net/10183/36336
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/20.500.12799/705
dc.description.abstractEsta investigação tem por foco os saberes produzidos no trabalho presente na Associação de Reciclagem Ecológica Rubem Berta (A.R.E.R.B.), em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram utilizadas como técnicas de pesquisa a observação participante, as entrevistas semiestruturadas e a análise de documentos. O ponto de partida da investigação consistiu na análise da experiência de Educação Popular Ambiental denominada por Projeto Reciclando Vida, que conduziu o pesquisador à compreensão da dinâmica produtiva de um galpão de reciclagem e dos processos de construção e partilha de saberes entre os/as recicladores/recicladoras, tendo em vista a formação de novos trabalhadores que se configura numa ―pedagogia do galpão‖. Os dados que emergiram da pesquisa empírica, em diálogo com os referenciais teóricos da Educação Popular Ambiental, em sua crítica à racionalidade moderna e ao capitalismo os aponta como bases da crise ecológica e da produção social da pobreza, levou à identificação dos/das recicladores/recicladoras como trabalhadores/trabalhadoras migrantes em condição precária que, numa sociedade de classes, são condenados ao trabalho com as sobras produzidas nesse contexto. Sua opção pelo trabalho na reciclagem não se dá pela adesão militante ao campo ambiental, mas, pela condição da pobreza que coloca entre as poucas opções para a manutenção da sobrevivência o trabalho com o lixo. A A.R.E.R.B. foi criada a partir do trabalho das Comunidades Eclesiais de Base, nos anos 90, numa ação educativa que combinava conscientização política, formação para o cooperativismo e espiritualidade, agregando desempregados e catadores de rua. A inserção dos sujeitos no trabalho da reciclagem demandou a construção de processos educativos para o trabalho que, embora reinventados pelos/pelas próprios/próprias recicladores/recicladoras, ainda perduram procurando diluir o conflito que emerge entre o modo de trabalhar individualmente e o trabalho associado, pautado em valores solidários. A pesquisa também identificou a representação dos/das recicladores/recicladoras sobre a coleta seletiva, a presença da divisão sexual do trabalho na reciclagem e as formas diversificadas de vivência de autonomia por parte dos sujeitos da pesquisa, como no caso do garimpo individual. Do mesmo modo, ficou compreendido que o vínculo entre os/as recicladores/recicladoras se institui nos afetos estabelecidos nas sociabilidades do trabalho associado. No que tange à ação educativa do projeto Reciclando Vida, foi possível identificar que entre as suas fragilidades estavam a dificuldade em manter as ações, por causa da transitoriedade de educadores e recicladores/recicladoras no galpão, a diversidade de concepções teóricas e metodológicas dos educadores e, por outro lado, situavam-se como pontos fortes desse projeto a sua vocação interdisciplinar, a formação continuada dos educadores em reuniões de planejamento, estudos e debates, bem como a instituição do diário virtual partilhado em lista eletrônica de discussão que se processava como recurso coletivo para pensar a prática educativa. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Esta investigación tiene como foco los saberes producidos en el trabajo de la Associação de Reciclagem Ecológica Rubem Berta (A.R.E.R.B.), en la ciudad de Porto Alegre en la provincia de Rio Grande do Sul, Brasil. Las técnicas de investigación utilizadas fueran la observación participante, el uso de encuestas estructuradas en parte y el análisis de documentos. El punto inicial del estudio consistió en el análisis de la experiencia de Educación Popular Ambiental que es denominada Projeto Reciclando Vida que condujo el investigador hacia la comprensión de la dinámica productiva de una unidad de reciclaje y de los procesos de construcción y partición de saberes por los/las recicladores/recicladoras, con el objetivo de formación de nuevos trabajadores que se configura en una ―pedagogía de la unidad de reciclaje‖. Los datos que emergieron de la investigación empírica, en diálogo con los referenciales teóricos de la Educación Popular Ambiental, en su crítica a la racionalidad moderna y al capitalismo los apunta como fundamentos de la crisis ecológica y de la producción social de la pobreza, llevó a la identificación de los/las recicladores/recicladoras trabajadores/trabajadoras migrantes en condición precaria que, en la sociedad de clases, son condenados al trabajo con los desechos producidos en ese contexto. Su opción por lo trabajo en la reciclaje no es por la adhesión militante al campo ambiental, pero si por la condición de pobreza que ofrece como una de las limitadas opciones para la manutención de la supervivencia el trabajo con la basura. A A.R.E.R.B fue creada desde el trabajo de las Comunidades Eclesiales de Base, en los años 90, en una acción educativa que conjugaba concienciación política, formación para el cooperativismo y espiritualidad, agregando desempleados y catadores de la calle. La inserción de los sujetos en el trabajo de la reciclaje demandó la construcción de procesos educativos para el trabajo que, aunque reinventados por los/las propios/propias recicladores/recicladoras, todavía perduran intentando diluir el conflicto que emerge entre el trabajo individual y el trabajo asociado, pautado en valores solidarios. La investigación también identificó la representación de los/las recicladores/recicladoras a respeto de la recogida selectiva, la presencia de la división sexual del trabajo en la reciclaje y modos diversificados de vivencia de autonomía de parte de los sujetos de la investigación, como en el caso de la separación de la mejor basura para sí que hacen los/las recicladores/recicladoras. Del mismo modo, quedó comprendido que el vínculo entre los/las recicladores/recicladoras ocurre en los afectos establecidos en las sociabilidades del trabajo asociado. Respeto a la acción educativa del Projeto Reciclando Vida, fue posible identificar entre sus fragilidades la dificultad para la manutención de las acciones, por la transitoriedad de los educadores y recicladores/recicladoras de la unidad de reciclaje, la diversidad de concepciones teóricas y metodológicas de los educadores y, por otra parte, representaban puntos fuertes del proyecto la vocación interdisciplinar, la formación continua de los educadores en las reuniones de planificación, estudios y debates, así como también, la institución del diario virtual compartido en el medio electrónico de discusión que se procesaba como recurso colectivo para pensar la práctica educativa.en_US
dc.language.isootheren_US
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Sulen_US
dc.subjectEducación ambientalen_US
dc.subjectReciclaje de desperdiciosen_US
dc.subjectPobrezaen_US
dc.subjectEducación popularen_US
dc.titleEcos de processos educativos com recicladores/recicladoras : um estudo a partir de um projeto de educação popular ambientalen_US
dc.typeThesisen_US


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